Emprego sobe 0,3 em agosto

09/10/2009 10:31

O nível de emprego na indústria cresceu 0,3% em agosto na comparação com julho, informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se da segunda alta consecutiva do indicador. No entanto, na relação a igual mês do ano passado, o emprego industrial caiu 6,7%, assim como no acumulado do ano, com queda de 5,5%.

De acordo com o IBGE, o resultado positivo na passagem de julho para agosto é reflexo da recuperação da indústria após a crise financeira mundial. “Na série com ajuste sazonal, o emprego industrial registrou, no confronto mês/mês anterior, a segunda taxa positiva, avançando 0,6% nesse período, influenciado pelo maior dinamismo na atividade produtiva ao longo de 2009”, informou a entidade.

Na comparação entre agosto de 2008 e agosto 2009, o contingente de trabalhadores recuou nas 14 áreas analisadas pelo IBGE, com destaque para São Paulo (-4,7%), Minas Gerais (-11,4%), região Norte e Centro-Oeste (-10,7%) e Rio Grande do Sul (-9,1%). Em São Paulo, as principais contribuições negativas vieram de meios de transporte (-14,8%) e máquinas e equipamentos (-11,2%).

Horas pagas – Após ficar estável em julho, o número de horas pagas pelo setor industrial cresceu 0,3% em agosto. Nas demais bases de comparação, os resultados seguiram negativos: -7,0% em relação a agosto do ano passado, -6,3% no acumulado do ano e -4,0% no acumulado nos últimos doze meses.

A região Sudeste exerceu a principal pressão negativa na formação da taxa global de -7,0% no confronto entre agosto de 2008 e agosto de 2009, principalmente em razão das quedas observadas em São Paulo (-4,9%) e em Minas Gerais (-10,8%). Nesses Estados, se sobressaíram, respectivamente, os decréscimos nos ramos de meios de transporte (-15,5%) e máquinas e equipamentos (-13,8%); vestuário (-26,6%) e metalurgia básica (-14,6%).

Folha de pagamento – Em agosto, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 0,4% em relação ao mês imediatamente anterior, após ter ficado estável em julho.

Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram negativos: -6,2% no indicador mensal e -2,2% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses também aponta redução de ritmo ao passar de 1,5% em julho para 0,3% em agosto e prossegue em trajetória descendente desde setembro de 2008 (6,7%).

O valor da folha de pagamento real mostrou queda de 6,2% em relação a igual mês do ano anterior, sexto resultado negativo consecutivo, com taxas negativas em 13 dos 14 locais pesquisados. A maior contribuição negativa veio de São Paulo (-3,3%), pressionado pelos ramos de meios de transporte (-10,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,2%) e minerais não metálicos (-16,1%).

Fonte: Diário do Grande ABC

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