18/05/2010 10:36
A criação líquida de postos de trabalho formais em abril totalizou 305.068, segundo dados divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho. Esse resultado é o melhor para meses de abril e o segundo maior de toda a série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) iniciada em 1992. O recorde é de junho de 2008, quando a geração líquida de empregos com carteira assinada foi 309.442.
Segundo o ministério, no primeiro quadrimestre de 2010 foram gerados 962.327 postos de trabalho formais, constituindo o melhor quadrimestre de geração de empregos na história do País.
O número de contratações em abril foi de 1.660.075, enquanto as demissões no mês somaram 1.355.007. Ambos, os maiores resultados para o mês de abril.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, estimou que a geração líquida de empregos no mês de maio ficará entre 240 mil e 280 mil novos postos de trabalho. Segundo ele, o resultado será menor que em abril por questões sazonais. Lupi informou que em apenas duas ocasiões – em 2004 e 2009 – o mês de maio teve um resultado maior que abril.
Além disso, segundo o ministro, no primeiro quadrimestre a geração de emprego foi forte porque, além do crescimento que já haveria este ano, houve uma recuperação dos postos de trabalho que foram fechados em 2009. Lupi reafirmou a sua estimativa de que 2010 serão gerados 2,5 milhões de novos postos de trabalho, descontadas as demissões. A previsão inicial do Ministério era de criação de 2 milhões de novas vagas. No dia 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho, Lupi divulgou a revisão para cima das estimativas.
Ao contrário da equipe econômica, o ministro do Trabalho, disse ontem que um crescimento econômico entre 7% e 7,5% neste ano “é mais que razoável” para a economia brasileira. Segundo ele, a economia está recuperando o que foi perdido no ano passado por causa da crise financeira internacional e não se pode apavorar por causa disso. Ele não concorda com a avaliação de que a maior geração de empregos poderá pressionar o consumo e consequentemente a inflação. “O consumidor brasileiro está vacinado. Vai pensar duas vezes [para comprar] se vir aumento de preço”, afirmou.
Lupi afirmou, portanto, que não tem preocupação com a inflação porque está havendo uma maior conscientização do consumidor. Ele afirmou que, se há aumento de contratações, é porque há aumento da produção.
Fonte: DCI