Região fala sobre assunto na 8ª Expo Brasil Desenvolvimento Local

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25/11/2009 10:51
As prefeituras de Diadema e São Bernardo vão levar suas experiências com a economia solidária para a 8ª Expo Brasil Desenvolvimento Local, que começa hoje e vai até sexta-feira no Anhembi, em São Paulo.

A ideia é mostrar as estratégias utilizadas para que as associações e cooperativas comecem a caminhar com as próprias pernas até se tornarem autogestionárias. Um bom exemplo em Diadema é a Uniforja, cooperativa do segmento de metalmecânica que fabrica peças para motores. Hoje, é uma das fornecedoras indiretas da Petrobras e de outras empresas de óleo e gás, além de ser exportadora.

Diadema, São Bernardo e Osasco vão compor a mesa na sexta-feira, das 15h às 17h. O painel se chama Economia Solidária e Mobilização Territorial: Municípios em Diálogo. Diadema vai relatar, por exemplo, que oferece isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para cooperativas. “Nos primeiros dois ou três anos eles não pagam nada. Então eles vão começando a pagar o tributo com descontos até que, quando tiverem consolidado dez anos de trabalho, passam a pagar a alíquota cheia”, conta o diretor de políticas de trabalho e economia solidária de Diadema, Romeu Lemos.

Outra experiência que será relatada é a incubadora de empreendimentos populares e tecnologia social, cuja lei foi aprovada na Câmara dos Vereadores neste mês. “A partir de abril começaremos a chamar o público para que os grupos, as associações e cooperativas possam se candidatar às dez vagas disponíveis”, conta Lemos.

As selecionadas receberão orientação e encaminhamento dos projetos, além de aprenderem a gerir a tecnologia de processo de serviços. Serão contempladas por dois anos. Poderão se inscrever empreendimentos de diversos setores, como têxtil, confecção, prestação de serviços, manutenção e limpeza, metalmecânica e reciclagem de resíduos.

São Bernardo vai levar a experiência de fomentar visão mais empreendedora para as associações e cooperativas da cidade, que antes recebiam apoio mais assistencialista. “O objetivo é que eles foquem na geração de trabalho e renda e aprendam a conduzir o negócio, definindo por eles mesmos as funções e os horários de cada um. Sem a intervenção direta da prefeitura para que eles se emancipem”, explica Nilson Tadashi.

Dois bons exemplos são as associações de recicladores Raio de Luz e Refazendo, que tiraram as pessoas do Lixão Alvarenga. A prefeitura leva o conteúdo dos contêineres dos pontos de coleta até os recicladores, que prensam e comercializam os material.

Segundo Tadashi, eles recebem cursos de autogestão, cooperativismo e empreendedorismo. Para os que são eleitos como os dirigentes do negócio, existem também cursos sobre conselhos de administração e fiscal.

“Queremos criar outra associação, a dos catadores de rua, para que eles possam contribuir com o trabalho dos recicladores. Já fomos em busca de orientação do Movimento Nacional de Catadores de Rua e devemos concluir isso no ano que vem”, conta.

A experiência com as hortas comunitárias também será levada ao evento. Nos bairros Alvarenga, Rudge Ramos, Vila Vivaldi e Vila Assunção existem plantios de verduras sem agrotóxicos em áreas de linhas da Eletropaulo – onde não podem ser construídos nada acima de dois metros de altura. “É uma saída para aproveitar locais com o uso econômico do solo, assim como em áreas de mananciais, que existem aos montes no Grande ABC.”

A Prefeitura organiza feirinhas todas as quintas-feiras e os seis produtores conseguem vender em média 1.000 pés de verduras, o que rende semanalmente entre R$ 800 e R$ 1.000.

Fonte: Diário do Grande ABC

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