30/05/2012 10:01
A boa expectativa se deve, em parte, ao aumento do salário nas sete cidades. De acordo com a última PED ABC (Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região do ABC), os rendimentos reais dos assalariados, por exemplo, cresceram 6,1% entre fevereiros de 2011 e de 2012.
GASTOS – Os consumidores da região devem gastar em média R$ 190,55 com presentes para dar no Dia dos Namorados. Pelo menos 36,07% deles vão desembolsar entre R$ 51 e R$ 100.
A maioria (34,9%) planeja comprar roupas para os seus parceiros. Os perfumes e os cosméticos aparecem em segundo lugar e representam 18,2% em relação ao total de itens que normalmente estão inclusos na lista dos possíveis presentes. “São produtos com uma variedade maior de ofertas e de preços que podem agradar mais pessoas”, comentou o coordenador Maskio.
Além disso, a pesquisa aponta que 54,2% dos moradores do Grande ABC vão procurar o shopping para fazer as compras em razão da diversidade dos estabelecimentos que estão instalados em único local. Outra explicação para a preferência é o público que irá consumir nessa data – 60% têm entre 15 e 30 anos. “E os jovens preferem o shopping não só para comprar, mas também para lazer”, comentou Maskio.
As cidades preferidas para compra são São Bernardo (31,11%) e Santo André (23,5%). “Os dois municípios são os mais estruturados comercialmente no Grande ABC”, lembrou o professor.
Os dois locais concentram o maior potencial de consumo na região. De acordo com pesquisa da IPC Marketing, deste ano, em São Bernardo o montante é de R$ 15,87 bilhões e em Santo André R$ 15,11 bilhões.
INADIMPLÊNCIA – Para o levantamento, foram entrevistadas 646 pessoas e 38,1% disseram que vão usar o cartão de crédito para bancar os gastos e 35,8% devem usar o dinheiro em espécie. “Há uma grande parcela com predileção pelo pagamento à vista, principalmente quem tem poder aquisitivo menor e encontra dificuldades para acessar os serviços bancários”, disse Maskio.
Por outro lado, o professor lembra que a inadimplência está avançando. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, por exemplo, registrou elevação de 4,8% em abril, mês em que normalmente há melhora do nível de endividamento, na comparação com março. “E acredito que a região não esteja muito fora dessa curva. É um momento cuidadoso, as famílias começam a perder consumo porque estão comprometidas com dívidas passadas”, salientou o especialista.
Fonte: Diário do Grande ABC