MPEs paulistas têm o melhor faturamento em setembro em 6 anos

10/11/2010 17:05

As micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas registraram em setembro deste ano um aumento no faturamento real de 6% na comparação com o mesmo período de 2009. Este, o melhor setembro desde 2004, representa o 12º mês consecutivo que, comparado com o mesmo mês do ano anterior, apresenta aumento de receita.

Em setembro de 2009, a economia brasileira apresentou um desempenho modesto devido aos impactos da crise financeira internacional. A retomada do crescimento econômico contribuiu para o aumento obtido na comparação com setembro de 2010.

O setor de serviços foi o que registrou o maior crescimento, com 25,4%; seguido pela indústria (4,7%). No entanto, o faturamento no comércio teve uma queda de 2,5%.

Por regiões do Estado, as MPEs do interior apresentaram maior elevação, com 11,5%; a capital ficou em segundo lugar, 5,1%; e, em terceiro, a região metropolitana, 1,1%. Já o Grande ABC registrou queda de 9,9% no faturamento.

Na comparação mês a mês, os micro e pequenos negócios paulistas não apresentaram o mesmo desempenho positivo, registrando uma queda de 4,2% no faturamento. Os setores da indústria, comércio e serviços obtiveram, respectivamente, quedas de 2,8%, 6,8% e 0,7%.

Segundo o consultor do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, era esperada uma queda de faturamento na comparação de setembro/10 com agosto/10, uma vez que em agosto as vendas do comércio foram beneficiadas pelo Dias dos Pais e, em 2010, setembro teve um dia útil a menos que agosto.

Em termos absolutos, o universo das MPEs do Estado registrou em setembro de 2010 uma receita total de R$ 25,1 bilhões. Já num comparativo com setembro do ano anterior, houve um aumento de R$1,4 bilhão, resultado que não se repete na comparação entre setembro e agosto de 2010, quando foi registrada uma queda de R$1,1 bilhão.

Expectativa

Em outubro deste ano, 35% declararam esperar aumento no faturamento da empresa no próximo semestre, ante 33% em setembro de 2010. Em outubro, 38% dos empresários informaram que não têm expectativas quanto à evolução no faturamento para os próximos seis meses, já em setembro deste ano, a porcentagem daqueles que tinham incerteza era de 33%.

“O aumento da incerteza dos empresários em relação à economia é preocupante. Nesse quadro, caso sejam observados sinais de inflação ou criação de novos impostos, pode ocorrer redução nos investimentos por parte dos empresários”, afirma Ricardo Tortorella, Diretor-Superintendente do Sebrae-SP.

Quanto à economia brasileira, em outubro de 2010, a parcela de empresários que acreditavam em aumento no nível de atividade da economia nos próximos seis meses era de 34%, sobre 33% no mês anterior. Já 41% não tinham expectativa em relação ao nível de atividade da economia brasileira, ante 34% no mês anterior.

Fonte: Redação

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