02/06/2011 10:43
Cerca de 1.500 pessoas visitaram ontem a 5ª Feira de Negócios do Ciesp, que reuniu 140 empresas do Grande ABC e de outras regiões do Estado. O evento, realizado no Clube Tamoios, em São Caetano, teve como objetivo facilitar a aproximação das pequenas indústrias, para propiciar aumento de vendas e redução de custos.
Para o vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Fausto Cestari Filho, com a invasão de produtos chineses no mercado, a feira cumpre o papel de criar ambiente de cooperação entre companhias dos sete municípios e de outras cidades paulistas. A ideia, diz ele, é estimular sinergias, para que as empresas encontrem diferenciais competitivos.
A preocupação com os asiáticos se justifica. As importações de máquinas da China, por exemplo, somaram US$ 1,2 bilhão no primeiro quadrimestre, 51% mais que no mesmo período de 2010. Só perdem para aquisições desses itens dos Estados Unidos. Em número de unidades, no entanto, os maquinários asiáticos já estão na liderança.
Segundo o diretor da regional do Ciesp em São Caetano, Willian Pesinato, também não adianta ficar só reclamando de impostos e de falta de infraestrutura. “Os pequenos precisam mudar o foco e se conhecer mais. A feira propicia que as empresas descubram outros fornecedores na cidade ou no Estado”, afirmou.
O evento era gratuito, tanto para expositores quanto para os visitantes. Com custo reduzido e a possibilidade de divulgar a marca para grande número de empresas, diversas companhias que já haviam participado em outras edições do evento voltaram a se apresentar.
Foi o caso da Ruyce Metal Usinagem e Retífica, de Diadema, que marca presença todos os anos. O diretor Leonardo Rocco Alberto assinalou que, a partir dos contatos estabelecidos na feira, é possível estabelecer relacionamentos de longo prazo. Ele citou que em 2008, durante o período da crise global, desenvolveu projetos para três clientes que conheceu por meio da atividade.
Outro participante, a distribuidora de rolamentos Rodema, instalada no mesmo município, só não esteve na primeira edição. O gerente, Ricardo Scher, cita que a relação custo-benefício é muito favorável. “Visitamos empresas sem precisar sair do lugar”, disse.
Scher acrescentou que a diversidade de segmentos (havia desde indústrias de brinquedos, de autopeças, de componentes de fogões, ferramentaria etc) foi outro atrativo. “Toda fabricante que tem máquina precisa de rolamento”, observou.
Fonte: Diário do Grande ABC