Região fecha 10,5 mil postos de trabalho

20/01/2009

As indústrias do ABC encerraram 2009 com o fechamento de 10,5 mil postos de trabalho. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Fiesp/Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

Em dezembro do ano passado o saldo ficou negativo em 430 vagas. Apesar disso, no mesmo mês de 2008, auge da crise econômica mundial, o corte foi bem maior. Na época, foram fechadas mais de cinco mil vagas.

Para o diretor titular do Ciesp São Bernardo, Mauro Miaguti, apesar da quantidade de vagas fechadas, o resultado poderia ser ainda pior. “Levando em conta toda a crise do ano passado, este já era um resultado esperado, mas podia ser muito pior. A melhora no segundo semestre deu um impacto muito menor nestes números”, analisa.

No mês passado apenas Diadema cortou vagas. Ao todo, foram 700, o equivalente a uma queda de 1,36% no nível de emprego em novembro do ano passado. Os setores que mais reduziram a quantidade de funcionários foi o de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos), com queda de 1,44%.

O Ciesp em Santo André (que também compreende Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) registrou saldo positivo de 200 postos de trabalho, uma elevação de 0,32% ante novembro. As indústrias de São Bernardo criaram 50 vagas e a diretoria regional de São Caetano criou 20 postos de trabalho.

Para Miaguti, o fim de 2008 foi muito ruim para o setor, o que refletiu em um início de 2009 conturbado, afetando principalmente o primeiro e o segundo trimestre. Entretanto, a partir da metade do ano o País se recuperou e, por isso, os empresários estão otimistas com os resultados em 2010.

“Tenho conversado com as empresas e o otimismo é bastante grande devido aos resultados positivos do fim de 2009 e com o começo deste ano. Mas apesar disso, estamos apreensivos esperando qual será a linha de política industrial do Governo Federal para este ano”, completa.

As indústrias paulistas terminaram 2009 com o fechamento de 98 mil postos de trabalho, uma queda no nível de emprego de 4,32% em relação ao ano anterior. Este é o pior resultado desde o início da série histórica da entidade, em 2006.

Fonte: Aline Bosio – Repórter Diário

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