04/11/2010 16:10
Uma sessão solene marcou a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre o Sindicato dos Químicos do ABC e o Sindicato dos Borracheiros, Petroleiros, Químicos e Farmacêuticos da Turquia – Petrol-IS, que possui cerca de 25 mil associados em uma categoria que soma 45 trabalhadores em todo o País euro-asiático.
O evento ocorreu na cidade de Istambul durante a Conferência Mundial do Setor Químico e Farmacêutico da ICEM, que é a Federação Internacional dos Sindicatos do Ramo Químico, da Energia e da Mineração ao qual o Sindicato dos Químicos do ABC é filiado, ao lado da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) da CUT e outros.
A parceria foi motivada pela semelhança entre os dois países em diversos aspectos, como o perfil da indústria e da categoria, as condições de trabalho e a disposição de luta para enfrentar aquilo que também é muito igual nos dois países, as dificuldades:aqui e lá as ditaduras militares neutralizaram a organização e a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus direitos durante décadas, enriquecendo as empresas e achatando os salários.
Para Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC “os Químicos do ABC terão a oportunidade de aprender bastante com a organização dos companheiros turcos, além de podermos estender as nossas Redes de Trabalhadores para o continente asiático, onde a indústria química mais cresceu e assim deve continuar acontecendo no decorrer da próxima década”.
“De nossa parte, vamos compartilhar a nossa experiência de luta e de mobilização, de comunicação, de formação, defesa da saúde e do meio ambiente”, complementou Juvenil Nunes, secretário de Administração e Finanças do Sindicato, também presente..
O Termo de Compromisso foi referendado pelo Secretário Geral da ICEM Manfred Warda e pelo Vice-Presidente da entidade, Sérgio Novais, que é também dirigente do Sindicato dos Químicos do ABC e da CNQ/CUT. Na representação dessa ultima, estava também presente o secretário de Relações Internacionais Fábio Lins, que é também dirigente dos Químicos do ABC e coordenador da Rede de Trabalhadores no Grupo BASF América do Sul.
Esse tipo de cooperação técnica – originalmente proposta pelo Sindicato dos Químicos do ABC – é, talvez, uma das primeiras do gênero no sindicalismo brasileiro e do mundo, por envolver duas organizações de trabalhadores de países em desenvolvimento e de continentes e culturas tão distantes.
Por isso deverá ser acompanhada com interesse pela CNQ/CUT, ICEM e outras organizações sindicais nacionais e internacionais.
Fonte: Assessoria Imprensa Químicos do ABC