27/08/2010 12:33
A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País, de 6,9% em julho, foi a menor para meses de julho da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), e também a manor desde dezembro de 2009, quando havia ficado em 6,8%.
De acordo com o IBGE, a população desocupada (desempregada e procurando emprego) foi de 1,6 milhão em julho, um volume considerado estável ante o mês anterior. Na comparação com julho do ano passado, a população desocupada caiu 11,3% em julho deste ano. Já a população ocupada foi de 22 milhões em julho deste ano e também se manteve estável em relação a junho, tendo crescido 3,2% na comparação com julho do ano passado. Já o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou em 10,2 milhões em julho, estável na comparação com junho e 5,9% acima do apurado em julho de 2009.
A massa de renda real (descontada a inflação) habitual da população ocupada nas seis principais regiões metropolitanas somou R$ 32,3 milhões em julho, o que representa uma alta de 3% em relação a junho. Na comparação com julho do ano passado houve avanço de 8,7% em julho deste ano. Em relação a junho do ano passado, a massa de renda real efetiva subiu 8,8%.
Cerca de 97% das negociações salariais feitas no primeiro semestre deste ano obtiveram reajustes iguais ou acima da inflação, segundo balanço do Dieese. Foram avaliadas 290 negociações.
“Trata-se de um desempenho melhor que o obtido pelas mesmas 290 unidades de negociação nos anos de 2008 e 2009, quando o percentual de negociações com reajustes iguais ou superiores ao índice foi de, respectivamente, 87% e 93%”, destacou o Dieese.
“A melhora no resultado dos reajustes em 2010 frente ao observado nos dois anos anteriores é um indicativo do bom momento por que passa a negociação coletiva brasileira, em sintonia com a evolução dos indicadores econômicos do País.”
O levantamento mostrou ainda que, na indústria, apenas 2% dos reajustes ficaram abaixo do INPC no primeiro semestre. Nos dois anos anteriores, esse percentual chegou a quase 9%.
No comércio, apenas uma das 37 unidades de negociação acompanhadas (3%) apresentou reajuste insuficiente para a reposição das perdas inflacionárias.
No setor de serviços cerca de 4% dos reajustes do setor ficaram abaixo da inflação.
Fonte: DCI