São Caetano tem índice de inovação baixo

30/11/2010 17:06

Embora São Caetano seja considerada uma cidade desenvolvida, o índice de inovação entre as micro e pequenas empresas do município é baixo. Uma pesquisa revelou que, em um escala de zero a um, a cidade tirou nota 0,12 no quesito. O estudo avaliou os estabelecimentos instalados no município que realizaram algum tipo de inovação no ano passado.

Os dados foram divulgados por um levantamento encomendado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho à USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) e anunciados durante reunião do NIT (Núcleo de Inovação e Tecnologia), na última quarta-feira (24/11). A pesquisa foi realizada com 1.268 empresas, das quais 26% do setor industrial, 33%, do comércio e 29%, de serviços.

Dos empreendimentos pesquisados, somente 4,8% declararam ter realizado alguma parceria ou serviço para desenvolver projetos ou produtos e apenas 4,1% das empresas de São Caetano usam o ‘feedback’ – retorno de reclamações recebidas ou de serviços de apoio – para inovar. A pesquisa indicou ainda que somente 21% das empresas da cidade lançaram algum produto nos últimos três anos.

O NIT foi criado para debater iniciativas de fomento à inovação e tecnologia na cidade. “Com os dados podemos dar um norte às ações a serem tomadas pelo poder público ou privado e ainda tornar públicas as informações”, explica o assessor de Inovação e Tecnologia da Prefeitura e do Núcleo, Fausto Cestari.

Metalmecânico – Já a inovação nas médias e pequenas empresas instaladas na Região é considerada positiva. De acordo com a pesquisa, “Diagnóstico e Demanda de Serviços Tecnológicos do setor Metalmecânico”, 55% das empresas do ABCD realizaram algum tipo de inovação, nos últimos dois anos. O estudo foi realizado com 500 empresas. “A pesquisa mostra essa face inovadora das empresas da Região, pois aqui é o berço da indústria automotiva”, considera o gestor de Projetos da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC, Paulo Iris Ferreira.

Entretanto, a pesquisa revela que nas micro e pequenas empresas do setor, a inovação ocorre com menor frequência. “Possivelmente porque estas empresas alimentam as médias e grandes empresas”, afirma Ferreira.

Fonte: ABCD Maior

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