Pequenos negócios paulistas faturam R$ 24,6 bilhões

17/03/2011 11:11

As micro e pequenas empresas (MPE) do estado de São Paulo tiveram crescimento de 9% no faturamento real em janeiro de 2011 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados da pesquisa Indicadores de Conjuntura do Sebrae em São Paulo. O universo das MPE faturou valor estimado de R$ 24,6 bilhões no período.

Este é o melhor resultado para um mês de janeiro, em termos de variação real (descontando a inflação), desde 1998, quando o Sebrae começou a fazer o levantamento, e o 16º mês consecutivo de aumento na receita das MPE, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Apesar do resultado positivo, o superintendente do Sebrae em São Paulo, Bruno Caetano, acredita que é preciso cautela. “Temos que ficar atentos. Há uma tendência de redução no ritmo de crescimento da economia brasileira em 2011, por conta do aumento dos juros básicos (taxa Selic) e redução na oferta de crédito, o que faz acender o sinal amarelo. É hora dos empresários ajustarem seu planejamento e gestão”, aconselha.

Comércio e Serviços

A pesquisa mostra também que no período de 12 meses (jan/11 contra jan/10) o crescimento obtido foi alavancado pelo setor de serviços (+16,7%), seguido do comércio (+6,6%) e indústria (+5,3%). Por regiões, as empresas do interior tiveram o maior aumento registrado: 16,7%. Os resultados para as demais regiões, quanto ao faturamento, foram: Região Metropolitana de São Paulo (+2,6%), Grande ABC (-8,5%) e Município de São Paulo (+8%).

De acordo com o consultor do Sebrae em São Paulo Pedro João Gonçalves, o bom resultado das MPE neste período pode ser explicado pelo aumento do consumo no mercado interno – motivado pela melhoria da ocupação e da renda – e pela base de comparação relativamente modesta, uma vez que as micro e pequenas empresas estavam em trajetória de recuperação em janeiro de 2010.

Na comparação com dezembro de 2010, o faturamento das pequenas empresas registrou queda de 20,7%. O recuo era esperado em razão das vendas de fim de ano serem beneficiadas, especialmente no comércio, pela injeção de recursos proporcionada pelo pagamento do 13º salário.

Em relação às expectativas dos empresários para os próximos seis meses, o Indicador aponta que para 45% dos entrevistados o faturamento da empresa será mantido nos próximos meses. A parcela dos empresários que esperam melhora no faturamento passou de 34%, em janeiro, para 39%, em fevereiro. Em relação à economia brasileira, 48% dos informantes acreditam na manutenção no nível de atividade e 34% dos empresários acham que vai melhorar nos próximos seis meses.

Fonte: Redação

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