07/12/2009 14:25
A indústria química brasileira propôs um pacto nacional para investimentos da ordem de US$ 132 bilhões, até 2020, visando acompanhar o crescimento orgânico da cadeia e zerar o déficit da balança comercial do setor. A apresentação da proposta foi feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e da Braskem, Bernardo Gradin, para os empresários que participaram do Encontro Anual da Indústria Química, realizado em São Paulo, na sexta-feira. O evento contou com a presença do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
Durante a apresentação, Gradin afirmou que o objetivo da proposta é “posicionar a indústria química brasileira entre as cinco maiores do mundo, tornando o País superavitário em produtos químicos e líder em química verde”. Para tanto, a entidade afirma haver a necessidade de investir-se US$ 87 bilhões para acompanhar o crescimento a partir de um índice médio de 4% de evolução do Produto Interno Bruto (PIB), mais US$ 45 bilhões para substituir as importações. Em 2009, o valor do déficit deve alcançar US$ 18 bilhões, segundo estimativa da Abiquim.
Para alcançar a liderança mundial na chamada “química verde”, proveniente de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, a entidade prevê aportes de US$ 16 bilhões. De acordo com o pacto, em 2020, 10% da petroquímica mundial será voltada para esse segmento e o Brasil poderá responder por 50% desse mercado.
“Este é o momento propício para determinar que país nós queremos no longo prazo”, afirmou Gradin. “Países que não conseguiram apresentar projetos de longo prazo, como o México, por exemplo, destruíram suas indústrias químicas, ao contrário dos países asiáticos, que têm políticas definidas e estruturadas.”
A resposta do governo foi sinalizada pelo presidente do BNDES após a apresentação de Gradin. “Aceito de bom grado a agenda de política industrial apresentada, pois atende à política adotada pelo governo, mas que sofreu um grande impacto este ano em função da crise financeira mundial”, afirmou Coutinho.
Parceria
Para alcançar o objetivo, o pacto prevê uma colaboração estreita entre o poder público e a indústria, com medidas governamentais aliadas a ações da iniciativa privada. “A Abiquim vai propor a criação de um grupo de trabalho junto ao governo no início de 2010”, informou Gradin, ressaltando que, mesmo sendo um ano de eleição, a proposta é para o Estado brasileiro e não para um governo específico.
Questões como disponibilidade e preço de matéria-prima, desoneração tributária, infra-estrutura e acesso ao crédito deverão ser equalizadas a partir de medidas governamentais. Em contrapartida, a indústria se compromete a aumentar a capacidade produtiva, elevar os padrões de gestão e de qualidade e investir em inovação e tecnologia.
Balanço
O setor químico deve fechar o ano com um faturamento líquido de US$ 103,3 bilhões, de acordo com as estimativas finais da Abiquim. O valor representa uma redução de 15,5% em relação ao resultado de 2008. Praticamente todos os segmentos apresentaram queda, com exceção de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, com alta de 10,5%, totalizando US$ 11,6 bilhões.
Mesmo com um recuo de 21,1% em relação ao ano anterior, produtos químicos industriais, como resinas termoplásticas, manteve-se como maior faturamento do setor, com um total de US$ 48,3 bilhões. Já adubos e fertilizantes foi o segmento que obteve a maior queda, de 31,1%, comparado a 2008, totalizando US$ 9,8 bilhões. Os projetos de investimentos até 2014 somam US$ 26,2 bilhões. Em 2009, o volume de investimentos foi da ordem de US$ 3,7 bilhões. Para o próximo ano, a previsão é de US$ 4,5 bilhões em aportes.
Para acompanhar o crescimento do País e zerar o déficit da balança comercial do setor, a indústria química brasileira propõe um pacto nacional para investimentos da ordem de US$ 132 bilhões, até 2020. O projeto foi apresentado a empresários pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e da Braskem, Bernardo Gradin, em evento realizado em São Paulo, na sexta-feira, que contou com a presença do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
O investimento previsto leva em conta um índice médio de 4% de evolução do Produto Interno Bruto e um déficit de US$ 18 bilhões em 2009, segundo estimativa da Abiquim. “Este é o momento propício para determinar que país nós queremos no longo prazo”, afirmou Gradin.
A resposta do governo foi sinalizada pelo presidente do BNDES. “Aceito de bom grado a agenda de política industrial apresentada”, afirmou Coutinho. O pacto prevê uma colaboração estreita entre o poder público e a indústria, com medidas governamentais aliadas a ações da iniciativa privada. “Vamos propor a criação de um grupo de trabalho junto ao governo no início de 2010”, informou Gradin, ressaltando que, mesmo sendo ano de eleição, a proposta se dirige ao Estado brasileiro, não a um governo.
O setor químico deve fechar o ano com faturamento líquido de US$ 103,3 bilhões, queda de 15,5% em relação a 2008. Em 2009, o volume de investimentos foi da ordem de US$ 3,7 bilhões. No próximo ano, a previsão é de US$ 4,5 bilhões em aportes, segundo balanço da Abiquim.
Fonte: DCI