Empréstimos baratos do BNDES mantêm emprego

25/07/2008 10:12

O nível de empregos gerados no país não deve sofrer decréscimo, pelo menos no curto prazo, mesmo diante da alta dos juros e da inflação. A afirmação é do economista Moises Paes dos Santos, do Observatório Econômico de Santo André.

Segundo ele, grande parte dos empresários, incluindo os executivos do Grande ABC, investe na ampliação de seus negócios com recursos provenientes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que são corrigidos pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). “O fato de o governo ter elevado a taxa básica de juros (Selic) não interfere nos investimentos desses empresários diretamente, já que a TJLP é um índice independente e com taxas abaixo do praticado no mercado. Por isso, o nível de empregos deve se manter”, explica Santos. Trimestral, a TJLP está atualmente, em 6,25%, praticamente metade dos 13% determinados para a Selic na última quarta-fera.

Para ele, a demanda está aquecida, principalmente, desde o ano passado. A indústria automobilística, a contrução civil e o setor de serviços foram os segmentos que mais geraram postos de trabalho com carteira assinada. “A economia proporcionou esse cenário, o que contribui também para a queda no número de desocupados”, afirma.

São Paulo

A região metropolitana de São Paulo, onde estão cerca de 40% dos ocupados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, registrou taxa de desemprego de 8,2% em junho, ante 8,6% em maio.

Houve um aumento significativo no número de ocupados na região em junho (quando somavam 9,4 milhões de pessoas), com incremento de 1,6% ante maio e de 6,1% na comparação com junho do ano passado.

Por outro lado, o número de desocupados também caiu significativamente, com recuo de 4,1% (ou menos 36 mil pessoas) ante maio e de 16,4% (menos 164 mil desempregados) ante junho de 2006.

Fonte: Diário do Grande ABC

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