BNDES reduz juros para três linhas de crédito

01/08/2009 11:22

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) baixou os custos dos seus empréstimos para linhas de financiamento de curto prazo, depois da assinatura da Medida Provisória 453, que reduz o custo de captação dos recursos do Tesouro Nacional que serão destinados para o banco de fomento.

A partir de hoje, as modalidades de empréstimo-ponte, o Programa Especial de Crédito (PEC) para capital de giro e o pré-embarque terão suas taxas reduzidas.

O custo do empréstimo-ponte, que atualmente é de 14,5% ao ano, ficará 1% acima da linha correspondente ao setor do investimento, o que significa uma variação entre 7,25% ao ano e 8,25% ao ano.

Já o Programa Especial de Crédito terá juros de 10,25% ao ano mais o spread de risco, contra um custo anterior de 14,5%, também acrescido do spread.

Para o pré-embarque, os juros passam de 8,75% para 7,25% ao ano, o que corresponde a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6,25%, mais 1%.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, explicou que, desde janeiro, quando foi fechado o acordo para o aporte de R$ 100 bilhões do Tesouro Nacional para o banco de fomento, o custo para a instituição tem sido de TJLP mais 2,5%, o que foi repassado apenas para as linhas de curto prazo.

Agora, com a MP 453 – que deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União -, o custo destes recursos para o BNDES passa a ser de TJLP mais 1%.

“Decidimos repassar imediatamente a redução das taxas”, afirmou Coutinho, acrescentando que a redução dos juros acontecerá apenas nas linhas do banco que pagavam mais caro por contarem com os recursos do Tesouro.

Coutinho ressaltou que os ganhos do Tesouro serão menores, mas ponderou que o preço das captações também caiu, puxados pela baixa da taxa básica de juros Selic, que no mês passado atingiu o menor nível da história, com 10,25% ao ano.

Os R$ 100 bilhões entrarão no caixa do banco de fomento em 2009 e 2010.

Desse total, R$ 25 bilhões serão destinados para a Petrobras e os R$ 75 bilhões restantes é que estarão disponíveis para as demais operações.

Coutinho destacou que o custo para a Petrobras será diferente, uma vez que refletirá os custos de longo prazo das captações da empresa.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciou que as taxas de juros para linhas de curto prazo, como capital de giro, vão sofrer redução, para aumentar a competitividade do banco no mercado.

Fonte: DCI

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